Novo espaço do Conselho Tutelar reforça atendimento à infância no Uiramutã

Após manutenção, prédio reformado garante mais privacidade, conforto e segurança para conselheiros e comunidade A Prefeitura de Uiramutã entregou, na tarde desta terça-feira (7), as novas instalações do Conselho Tutelar do município. O prédio, localizado na Rua Cici Mota, em frente ao destacamento da Polícia Militar, passou por serviços de manutenção e adequação para garantir melhores condições de atendimento à população. A partir da próxima segunda-feira (13), o Conselho retoma as atividades no novo endereço. Vinculado ao Gabinete da Prefeitura, o Conselho Tutelar recebeu melhorias com recursos próprios do município. O novo espaço foi totalmente climatizado e agora conta com dois compartimentos, recepção, banheiro e cozinha, oferecendo mais privacidade e segurança tanto para os conselheiros quanto para os cidadãos atendidos. Durante a entrega, o prefeito Tuxaua Benísio destacou o simbolismo da reabertura. “Este momento representa mais do que a entrega de uma estrutura física que passou por manutenção, é a reafirmação do nosso compromisso com a proteção integral das crianças e adolescentes do nosso município”, afirmou. O gestor reforçou ainda que as melhorias visam garantir melhores condições de trabalho aos conselheiros e um atendimento mais humanizado à comunidade. “O prédio ficou bem melhor estruturado. Isso reforça nosso compromisso com a segurança, saúde e bem-estar das nossas crianças e adolescentes”, completou Benísio. Próximos investimentos Durante a solenidade, o prefeito anunciou que viajará a Brasília no próximo dia 13 para tratar com deputados federais e senadores sobre a liberação de recursos destinados à construção de um prédio próprio para o Conselho Tutelar, seguindo o padrão nacional. “Já irei com o projeto em mãos”, adiantou. O conselheiro tutelar Fábio de Souza recebeu simbolicamente a chave do prédio reformado e agradeceu à prefeitura e ao Ministério Público de Roraima pelo empenho na reestruturação do espaço. “Era uma reivindicação antiga. Desde 2002 não tínhamos um prédio adequado. Agora, com essa reforma, teremos um ambiente mais acolhedor e digno para atender a população”, destacou. Fábio também solicitou a construção de um muro ou grade de proteção ao redor do prédio, para evitar depredações e garantir mais segurança, especialmente durante o período noturno, com a presença de vigilância no local. O conselheiro informou ainda que representantes do Conselho Nacional dos Direitos Humanos visitarão o Uiramutã ainda neste mês para realizar escutas com comunidades indígenas e órgãos públicos que atuam na defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Autoridades presentes A cerimônia contou com a presença do deputado federal Duda Ramos, além de secretários municipais: Joeverson Sales (adjunto da Educação), Silvânio Alves do Santos (Obras e Infraestrutura), Ademar Januário (Administração), Julineide Sampaio (adjunta da Saúde), Omério Cavalcante (Assistência Social) e a chefe de Gabinete, Erlize José de Souza.

Prefeitura de Uiramutã promove grande mobilização em favor da Primeira Infância na comunidade Água Fria

Na última terça-feira, a Prefeitura de Uiramutã realizou, na comunidade Água Fria, um evento especial dedicado às crianças de 0 a 6 anos e seus familiares. A ação, voltada para a valorização da Primeira Infância, reuniu dezenas de famílias em uma programação diversificada que aliou conhecimento, lazer e cuidados essenciais. Durante o encontro, as crianças participaram de atividades recreativas e brincadeiras lúdicas, enquanto os pais e responsáveis puderam acompanhar palestras educativas que abordaram temas como saúde, educação, proteção social e meio ambiente. Também foram oferecidas orientações práticas sobre higiene bucal e preservação ambiental, além de um lanche comunitário que proporcionou um momento de integração entre todos os participantes. A mobilização contou com a participação conjunta de diferentes secretarias e órgãos municipais — SEMECD, SEMAS, SEMSA, SEMMAT, Conselho Tutelar e CMDCA — numa demonstração de que o trabalho articulado entre setores é fundamental para garantir o cuidado integral, a proteção e o desenvolvimento saudável das crianças. De acordo com a Prefeitura, a iniciativa integra uma série de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da rede de apoio à Primeira Infância, etapa da vida considerada decisiva para a formação física, cognitiva, emocional e social do ser humano. Além de oferecer orientações às famílias, o encontro também buscou estimular a conscientização coletiva sobre a responsabilidade da sociedade em assegurar os direitos das crianças. Para a gestão municipal, investir na Primeira Infância é investir no futuro da cidade. “Nosso compromisso é criar oportunidades para que nossas crianças cresçam com saúde, educação de qualidade, afeto e proteção. Esse evento é apenas um exemplo do esforço contínuo para que cada criança de Uiramutã tenha um começo de vida digno e cheio de possibilidades”, destacou a Prefeitura em nota. 🌱👶✨#PrimeiraInfância #Uiramutã #CuidadoComAsCrianças #MaisAtenção #DesenvolvimentoInfantil

Prefeitura de Uiramutã leva ações de fortalecimento da agricultura a 11 comunidades indígenas

Prefeitura de Uiramutã leva ações de fortalecimento da agricultura a 11 comunidades indígenas Atividades ocorreram nos dias 19 e 20 de setembro com foco em assistência técnica, incentivo à produção e desenvolvimento sustentável A Prefeitura de Uiramutã intensificou, nos dias 19 e 20 de setembro, as ações voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar em comunidades indígenas do município. Em uma agenda que reuniu as secretarias de Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente e Turismo, Articulação Política e Assuntos Indígenas, foram realizadas atividades em 11 localidades, aproximando a gestão municipal dos produtores e ampliando o acesso a políticas públicas essenciais. Durante os encontros, agricultores e lideranças comunitárias participaram de palestras sobre o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) — documento que garante acesso a programas governamentais — e sobre o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que oferece linhas de crédito com condições diferenciadas para estimular a produção e gerar renda. Também foram apresentados detalhes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que garante a compra direta de alimentos produzidos pelos agricultores locais para abastecer escolas, além de iniciativas específicas do município, como o Programa Arroz da Gente, voltado ao cultivo de um dos alimentos mais presentes na mesa dos roraimenses, e o Programa Fomento Rural, que incentiva a diversificação da produção e a segurança alimentar. As atividades contemplaram as comunidades Maracanã II, Santa Tereza, Morro, Lage, Kuma´pai, Wilimon, Monte Moriá, Makuquem, Caracanã, Prototo e Salvador, envolvendo agricultores, jovens e lideranças tradicionais em rodas de conversa e orientações técnicas. Segundo a gestão municipal, a presença das secretarias em campo reforça o compromisso em valorizar os agricultores locais, garantir assistência técnica continuada e promover a extensão rural como instrumentos fundamentais para o desenvolvimento sustentável de Uiramutã. O objetivo é assegurar que as famílias agricultoras tenham condições de ampliar a produtividade, gerar renda e contribuir para a segurança alimentar do município. Para a Prefeitura, a agricultura familiar, especialmente em comunidades indígenas, representa um dos pilares da economia local e uma forma de preservar saberes tradicionais aliados a novas tecnologias de cultivo. Ao oferecer informação, crédito e apoio técnico, a gestão busca não apenas impulsionar a produção, mas também fortalecer o protagonismo das comunidades no processo de desenvolvimento.

PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Prefeito do Uiramutã participa de reunião estratégica no TCE Tribunal articula criação de comitê de combate à violência contra crianças e adolescentes em Roraima O prefeito de Uiramutã, Tuxaua Benísio (Rede), participou na segunda-feira (18), em Boa Vista, de uma reunião estratégica com representantes do Sistema de Justiça, órgãos de segurança estaduais e municipais. O encontro teve como pauta a formação do Comitê de Combate à Violência contra Crianças e Adolescentes em Roraima. A iniciativa é conduzida pelo Tribunal de Contas de Roraima (TCE-RR), que articula a criação do Centro Integrado dos Direitos da Criança e do Adolescente de Roraima. A proposta visa fortalecer políticas de proteção, ampliar a rede de apoio e garantir respostas mais rápidas e eficazes diante de situações de violência. De acordo com o prefeito, a participação dos municípios é essencial para que as ações cheguem de forma concreta às comunidades, especialmente nas regiões mais distantes e vulneráveis, como as áreas indígenas. “Esse Comitê vai trazer um reforço importante para a nossa rede de proteção. Precisamos somar forças para assegurar às nossas crianças e adolescentes o direito de crescerem com dignidade, segurança e oportunidades”, afirmou Benísio. A formação do Comitê representa um passo decisivo no enfrentamento à violência infantojuvenil, reunindo instituições e gestores públicos em torno de um compromisso coletivo pela infância e adolescência de Roraima. 👉 Quer saber mais? Acesse: www.crazynews.com.br

Assistência Social realiza visitas domiciliares em comunidades indígenas de Uiramutã

No dia 12 de agosto, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) — com os programas Cadastro Único e Criança Feliz — e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), realizou visitas domiciliares nas comunidades indígenas de Uiramutã. A iniciativa teve como objetivo levar suporte às famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo acesso aos serviços públicos e fortalecendo a integração entre as instituições que atuam na proteção social no município. Segundo a SEMAS, ações como essa reforçam o compromisso da gestão municipal em cuidar de quem mais precisa e ampliar a presença do poder público nas comunidades.

Uiramutã leva a força dos povos originários ao centro do debate nacional no Transformar Juntos 2025

Brasília (DF) – Em um cenário onde inovação, sustentabilidade e desenvolvimento territorial caminham lado a lado, Uiramutã — o município mais indígena do Brasil — reafirma sua presença e protagonismo no Transformar Juntos 2025, promovido pelo Sebrae. Ao lado de representantes dos 15 municípios de Roraima, a comitiva leva à capital federal o olhar único de um território que resiste, constrói e transforma a partir de suas raízes ancestrais. Representando centenas de famílias indígenas e dezenas de comunidades, a delegação de Uiramutã se une ao evento com o compromisso de fortalecer políticas públicas que respeitem a diversidade cultural e valorizem as potencialidades locais. A presença da comitiva simboliza mais do que uma participação: é uma manifestação viva do engajamento de um povo na construção de caminhos sustentáveis para o futuro. “Carregamos conosco não apenas o nome do município, mas o espírito coletivo das nossas comunidades, dos tuxauas, das lideranças jovens e das mulheres indígenas. Estamos aqui para dialogar com o Brasil, mostrando que o desenvolvimento verdadeiro só é possível quando caminha junto com o respeito à identidade e à natureza de cada território”, afirmou Tuxaua Benísio, uma das vozes atuantes no encontro. Durante o Transformar Juntos, são discutidas soluções inovadoras para a gestão pública, com foco no fortalecimento de territórios diversos. Uiramutã se insere nesse debate como referência em práticas de convivência sustentável com a floresta, no fortalecimento da agricultura familiar, na valorização das línguas e saberes tradicionais, e na defesa da autonomia dos povos indígenas. A participação no evento simboliza também um marco na articulação entre o poder público municipal e as instituições nacionais, reforçando a urgência de políticas que integrem inclusão produtiva, inovação social e proteção ambiental. Uiramutã reafirma seu compromisso com uma governança sensível às realidades locais e conectada com as transformações que o mundo exige. Mais do que um gesto simbólico, a presença de Uiramutã em Brasília é um ato político e cultural de resistência, esperança e construção. Um lembrete de que nenhuma transformação será verdadeiramente justa se não incluir os povos da floresta, da montanha e do cerrado. Uiramutã está presente. E está pronto para transformar. Juntos. 🌿💚#TransformarJuntos2025 #UiramutãPresente #DesenvolvimentoSustentável #InovaçãoNosTerritórios #TuxauaBenísio #Sebrae #ForçaIndígena #BrasilQueTransforma

Uiramutã soma vozes na capital em defesa da infância: município participa de encontro que celebra 35 anos do ECA

Comitiva do extremo norte de Roraima marca presença em evento promovido pelo TJ-RR que debate avanços, desafios e futuro das políticas públicas voltadas à criança e ao adolescente Nos dias 23, 24 e 25 de julho, o coração da capital roraimense bateu mais forte pela infância. No Fórum Cível Advogado Sobral Pinto, em Boa Vista, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR) reuniu magistrados, especialistas, instituições e representantes de diversos municípios no encontro “Estatuto da Criança e do Adolescente: 35 anos de Proteção e Garantia de Direitos” — e Uiramutã, o município mais ao norte do Brasil, fez questão de estar presente. Com uma delegação comprometida e engajada, o município participou ativamente das discussões, trocas e reflexões propostas durante os três dias de programação, reafirmando que a defesa dos direitos das crianças e adolescentes não tem fronteiras, e sim alianças. “Estar aqui é somar vozes, é aprender e também mostrar o que temos construído, mesmo com os desafios geográficos e sociais. A infância indígena, ribeirinha, interiorana também precisa ser vista, ouvida e protegida com políticas públicas firmes e sensíveis à diversidade”, afirmou um dos representantes do município. 35 anos de ECA: mais que uma data, um chamado à responsabilidade O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado em 1990, é um marco legal que transformou a forma como o Brasil encara a infância e a juventude. Mais do que garantir proteção, o ECA consagrou a criança como sujeito de direitos — e não apenas como alguém a ser cuidado. O encontro em Boa Vista veio para reacender esse compromisso, justamente em um momento em que o país enfrenta novos desafios, como o aumento da vulnerabilidade social, as violências digitais e as desigualdades estruturais. Durante o evento, os participantes acompanharam palestras, painéis e mesas de debate com especialistas em direitos da infância, representantes de conselhos tutelares, lideranças comunitárias e membros do sistema de justiça. As pautas passaram por violência infantil, abandono escolar, saúde mental, segurança alimentar, cultura, participação juvenil e inclusão social. A presença de Uiramutã foi simbólica e estratégica. O município, que possui ampla população indígena e um território de rica diversidade cultural, trouxe à roda discussões importantes sobre proteção intercultural, acesso à educação diferenciada, desafios logísticos do interior e políticas integradas para áreas de difícil acesso. Uiramutã na linha de frente pela infância Apesar das distâncias e limitações estruturais, Uiramutã vem fortalecendo suas políticas públicas voltadas à infância com ações como: A participação no encontro promovido pelo TJ-RR não foi apenas protocolar: foi um gesto político e pedagógico, uma forma de mostrar que cada território tem voz e que a proteção da infância precisa considerar os diferentes contextos sociais e culturais do estado. **Porque garantir direitos é mais que papel assinado: É presença, é escuta, é construção coletiva.E Uiramutã segue firme nessa jornada —com os pés no chão da floresta e os olhos no futuro das suas crianças.**

Uiramutã abre caminhos para o futuro com escuta pública sobre currículo intercultural da Educação Infantil

Município mais indígena do Brasil realiza escuta histórica que valoriza saberes ancestrais e projeta novo modelo educacional para a primeira infância, com base na cultura, na língua e na realidade dos povos originários. No extremo norte de Roraima, onde o céu toca as montanhas da Serra do Sol e a floresta conversa com as tradições ancestrais, Uiramutã reafirma seu papel de protagonista na construção de um Brasil mais plural e justo. No mês de julho, o município realizou uma escuta pública inédita voltada à consolidação do primeiro currículo intercultural indígena para a Educação Infantil, que está sendo desenvolvido como política pública local desde 2021. O encontro aconteceu na Escola Municipal Antônio Rodrigues e reuniu lideranças indígenas, pais, professores, gestores públicos e membros da sociedade civil para discutir o documento que deverá nortear, de forma oficial, o ensino na primeira infância em um território onde mais de 96% da população se declara indígena. A proposta pedagógica, construída ao longo de três anos, representa um marco na história da educação brasileira: pela primeira vez, um município desenvolve um currículo infantil inteiramente baseado em saberes tradicionais, línguas indígenas e cosmovisões originárias, com a participação ativa das próprias comunidades. Educar com raízes: onde a infância encontra a ancestralidade Mais do que incluir conteúdos indígenas nos planos de aula, o currículo de Uiramutã propõe um modelo educacional que nasce da terra, das famílias e das narrativas que atravessam gerações. Em vez de adaptar uma estrutura pronta, construída a partir de lógicas ocidentais, o município optou por um processo inverso: ouvir, dialogar, aprender com os anciãos, escutar as mães, registrar as brincadeiras, os cantos, os ciclos da natureza — e, a partir disso, desenhar uma proposta curricular autêntica, viva e enraizada. “Estamos falando de uma educação que começa com a identidade. Antes de aprender o alfabeto, a criança precisa saber quem ela é, de onde vem, qual é a sua língua, a sua história, o seu povo. Só assim a aprendizagem faz sentido”, destacou Damázio de Souza Gomes, secretário municipal de Educação. Durante o encontro, representantes das comunidades indígenas Macuxi, Patamona e Ingarikó apresentaram sugestões, apontamentos e reforçaram a importância de uma educação que respeite os ciclos da natureza, os saberes tradicionais, os tempos próprios da infância indígena e o direito à diferença. Da aldeia à política pública: um processo coletivo A escuta pública foi o desfecho de um longo processo de diálogo iniciado em 2021, que envolveu visitas técnicas a escolas indígenas, reuniões nas comunidades, levantamento das práticas pedagógicas já existentes e uma escuta minuciosa com educadores indígenas e não indígenas. As localidades de Serra do Sol, Pedra Branca, Ticoça, Água Fria e outras aldeias da região participaram ativamente das discussões. “A construção do currículo foi feita passo a passo, ouvindo cada realidade. Temos escolas onde se fala majoritariamente a língua Macuxi, outras com forte presença da cultura Patamona. Em algumas, convivem alunos indígenas e estrangeiros. Nosso desafio foi pensar um documento que respeite todas essas identidades e promova um diálogo entre elas”, explicou Lindinaia Pereira Melquior, coordenadora da Divisão de Ensino da Secretaria Municipal de Educação. Com o encerramento da fase de escuta pública, as contribuições coletadas serão analisadas por uma equipe técnica, incorporadas ao texto-base e submetidas ao Conselho Municipal de Educação. A versão final seguirá para votação na Câmara de Vereadores. Se aprovado, o currículo se tornará lei municipal, com implementação prevista para o ano letivo de 2026. Um legado para o Brasil Embora Uiramutã seja um dos menores municípios de Roraima em termos populacionais, sua iniciativa educacional projeta um impacto que vai além de seus limites geográficos. Ao propor um currículo centrado nas identidades indígenas desde a Educação Infantil, o município não apenas inova — ele reivindica o direito de ensinar com seus próprios olhos, suas próprias línguas, suas próprias memórias. A proposta dialoga diretamente com os princípios da Educação Intercultural, reconhecida na Constituição e nos marcos legais da educação brasileira, mas ainda raramente implementada de forma concreta na Educação Infantil. Essa ação também abre precedentes para que outros municípios de maioria indígena, quilombola ou ribeirinha desenvolvam suas próprias matrizes curriculares, adaptadas às realidades locais, respeitando o princípio da gestão democrática e da autonomia territorial. Educação que nasce da floresta e sonha com o amanhã Enquanto os olhos do Brasil olham para grandes centros urbanos em busca de inovação, Uiramutã ensina uma lição essencial: o futuro da educação brasileira pode — e deve — ser construído a partir das raízes. Com um currículo que brota da terra, se alimenta da memória coletiva e floresce na infância, o município planta hoje uma semente de transformação que poderá frutificar por gerações. A escuta pública realizada é mais do que um rito administrativo. É o som do Brasil profundo dizendo que quer, pode e sabe construir seu próprio caminho. E que esse caminho começa pelos pés pequenos das crianças que aprendem não apenas a ler o mundo — mas a habitá-lo com respeito, consciência e pertencimento.

Uiramutã marca presença no “Transformar Juntos 2025” e reforça protagonismo indígena na construção de um Brasil mais sustentável

Município mais indígena do país participa de encontro nacional do Sebrae ao lado de representantes de todos os municípios de Roraima. Evento em Brasília reúne lideranças públicas, sociedade civil e empreendedores para debater inovação, desenvolvimento territorial e sustentabilidade. Brasília (DF) – Entre os dias 23 e 25 de julho, a capital federal se transformou em um grande palco de cooperação, inovação e futuro. O hotel Royal Tulip, em Brasília, foi sede do “Transformar Juntos 2025”, evento nacional promovido pelo Sebrae, que reuniu gestores públicos, representantes de entidades civis e empreendedores de todo o país. E entre as vozes que ecoaram nos corredores do encontro, uma se destacou com potência e ancestralidade: a de Uiramutã, município mais indígena do Brasil, situado no extremo norte de Roraima. Com o apoio do Sebrae/RR, que articulou uma caravana estadual composta por representantes dos 15 municípios de Roraima, a comitiva de Uiramutã levou ao evento mais do que propostas e experiências administrativas. Levou também a sabedoria dos povos originários, a força da identidade cultural roraimense e a convicção de que o desenvolvimento sustentável só é possível com participação plural e respeito aos territórios. O evento, que se consolida como um dos principais espaços de articulação entre o setor público e a sociedade civil, teve como foco este ano os eixos de desenvolvimento territorial, sustentabilidade e inovação. A programação incluiu painéis temáticos, oficinas, mesas de debate e atividades de conexão entre gestores, empreendedores e lideranças locais. Uma das inovações desta edição foi o espaço destinado à comercialização de produtos regionais, permitindo que artesãos, produtores e microempreendedores mostrassem a riqueza de suas culturas e a força do empreendedorismo local. Representantes de Uiramutã apresentaram produtos que carregam a identidade e o valor das comunidades indígenas da região, como artesanatos, peças em sementes nativas e artigos sustentáveis que encantaram os visitantes. Para os integrantes da comitiva de Uiramutã, a participação no “Transformar Juntos” representou mais do que visibilidade: foi um exercício de protagonismo. “Estar aqui é mostrar que Uiramutã não é apenas parte da Amazônia, mas parte ativa na construção de soluções para o futuro do Brasil. Trazemos nossas experiências, mas também aprendemos com as de outros municípios. É uma via de mão dupla”, destacou um dos representantes do município. Além disso, o evento possibilitou o fortalecimento de redes de cooperação entre municípios da Amazônia Legal, troca de boas práticas de gestão e o acesso a ferramentas de inovação que podem ser adaptadas às realidades locais, incluindo territórios de base comunitária e povos tradicionais. Com raízes profundas e olhos voltados para o futuro, Uiramutã mostrou em Brasília que o caminho do desenvolvimento precisa ser construído de forma conjunta, com escuta, inclusão e compromisso com as futuras gerações. A presença ativa do município no “Transformar Juntos” é um reflexo da crescente maturidade institucional de Roraima, que avança em políticas públicas mais integradas, sustentáveis e conectadas com a diversidade de seus territórios. Ao final dos três dias de evento, uma certeza ficou evidente: transformar juntos não é apenas um lema — é uma convocação. E Uiramutã atendeu ao chamado com coragem, cultura e colaboração.

Uiramutã em Emergência Parcial: 26% da População Isolada pela Cheia

O município mais indígena do Brasil enfrenta um cenário crítico no Norte de Roraima. Após chuvas intensas, a Prefeitura de Uiramutã decretou emergência parcial em áreas afetadas pela cheia do igarapé Woosa, localizada na vicinal Caracaranã, afetando diretamente a comunidade indígena Willimon threads.com+9folhabv.com.br+9folhabv.com.br+9. 🔺 Impacto e alcance da inundação ⚠️ Consequências no dia a dia A ponte danificada interrompeu o acesso a 29 comunidades, prejudicando o deslocamento de alunos e o transporte de alimentos e insumos agrícolas. Moradores são obrigados a usar desvios arriscados, enfrentando diálise, saúde e acesso a serviços básicos folhabv.com.br+1folhabv.com.br+1. 🏛️ Medidas em andamento 📌 O desafio da temporada chuvosa A Defesa Civil já classificou Uiramutã como “a situação mais crítica do estado”, reforçando que a cheia afeta diretamente regiões com presença de comunidades indígenas tradicionais, como Willimon x.com+9folhabv.com.br+9folhabv.com.br+9. O município, geograficamente isolado, depende de infraestrutura resiliente para mitigar os efeitos das enchentes. 🌱 Perspectivas de recuperação Prefeitura e órgãos estaduais visam garantir a construção rápida da ponte, restauração das estradas vicinais e restabelecimento do transporte escolar. Enquanto isso, famílias seguem isoladas, em especial em áreas rurais, aguardando que as obras de contenção tragam alívio e segurança.

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